COMO MEDITAR - PASSO A PASSO


Meditação passo a passo:
1.Sente-se no chão, com a coluna ereta, de pernas cruzadas da maneira mais confortável possível. Feche os olhos.
2.Escolha um mantra que você goste para recitar, não precisa ser em voz alta!
3.Deixe os apegos e as aversões, pratique a equanimidade, não reaja!
4.Sinta o gostinho da verdadeira felicidade!
Leia abaixo e entenda como isso realmente funciona!
A minha vida mudou depois que comecei a meditar. No começo eu precisava me esforçar, agora não vivo sem. Depois de muitos anos praticando a meditação resolvi fazer esse post pra poder ajudar outras pessoas que tem vontade de começar, mas ainda acham a meditação algo complicado. Garanto: meditar é muito simples!
No ano passado eu fiz uma prática de meditação de 11 dias com voto de silencio. Foi uma oportunidade incrível. Com o tempo e com a prática eu pude compreender o verdadeiro significado da meditação para mim e agora me sinto seguro para falar sobre ela. Nesse post vou ensinar você como começar e o porque de praticar a meditação.
Acompanhe o raciocínio (breve introdução).
O objetivo da meditação é o auto conhecimento, se nos conhecemos mais sofremos menos e assim sentimos mais o gostinho da verdadeira felicidade.
Há milhares de anos atrás nosso querido Buda resolveu sentar-se embaixo de uma árvore e disse que só sairia de lá depois que encontrasse a raiz do sofrimento humano. Depois de meses meditando ele encontrou: o sofrimento humano sempre nasce do apego e/ou da aversão. Isso é fácil de entender. Pense, apego aos familiares (pais, filhos, irmãos); apego à vida, apego ao trabalho, apego as minhas idéias, apego ao corpo, apego ao dinheiro, etc. Tudo isso de alguma maneira gera o sofrimento. O mesmo acontece com a aversão: aversão a alguém que me incomoda muito, aversão a uma situação que não suporto, aversão ao trabalho, aversão ao chefe, aversão ao clima quente ou frio, aversão à morte, etc. Toda aversão também gera sofrimento inevitável.
Então o que fazer?
A meditação nada mais é que praticar o desapego e a não aversão. Isso chamamos de equanimidade, que é o equilíbrio: o segredo da felicidade.

Como praticar a equanimidade?
Exercitamos a equanimidade com a prática da não reação. É simples!
Sente-se no chão, com a coluna ereta, de pernas cruzadas da maneira mais confortável possível. Feche os olhos. Depois de 10 segundos sua perna vai começar a coçar, não coce, lembre-se que precisamos exercitar a não reação, a equanimidade é o exercício do desapego, não se apegue a coceira, deixa ela ir embora. Depois de poucos segundos você vai pensar: que besteira isso tudo, tenho mais o que fazer, lembre-se, isso é aversão, não deixe a aversão te dominar, deixe ela ir embora também, não reaja. Depois de poucos segundos um mosquito vai passar ou uma mosca vai pousar em você, lembre-se que o exercício é não reagir, não crie aversão à mosca, seja equânime, permaneça imóvel, em pleno silencio, o único objetivo aqui é a não reação. Depois de 1 minuto sua perna vai começar a doer, deixe a dor ir embora, não reaja, continue meditando. Se você conseguir ficar alguns bons minutos fazendo essa prática, logo vem à recompensa: uma sensação muito prazerosa de quietude e calma. Não se prenda a ela, lembre-se que estamos praticando o desapego, o prazer também é efêmero, deixe o prazer também ir embora.
O exercício da não reação é o exercício da equanimidade.

Ser equânime é aprender a se desprender tanto do apego quanto da aversão. Quando realmente conseguimos desapegar e conseguimos não criar aversão experimentamos o gostinho da verdadeira felicidade. Depois que criamos o hábito de meditar, a equanimidade passa a ser algo mais natural e assim suportamos muito mais as dificuldades do dia-a-dia.
Quando perdemos algo que gostamos, na hora praticamos o desapego, exatamente a mesma prática que tanto exercitamos na meditação e naturalmente sofremos menos. Quando alguém nos fecha no transito, muito antes de xingarmos o próximo, exercitamos a não reação, que é a não aversão, exatamente o que praticamos na meditação.
Com a meditação você vai se tornar uma pessoa muito mais flexível, muito mais compreensiva, muito mais amorosa, ou seja, muito mais feliz.
Viu só, não tem nada de complicado na meditação. Esqueça aquela idéia que meditar é se livrar dos pensamentos, isso parece tão distante da nossa realidade.
Comece já, feche os olhos, não reaja, seja equânime e sinta a gostinho da verdadeira felicidade!


Experimente meditar por 10 minutos
Você tem 10 minutos para dedicar somente a você todos os dias? Já pensou em aproveitar esse tempo para meditar? Se após ler este texto quiser manter esse hábito, saiba agora, que só dependerá da sua vontade.
Não importa com que tipo de meditação você mais se identifica, o importante é a freqüência destes momentos em sua vida diária. A continuidade de buscar o relaxamento,chegar até ele, se equilibrar e sentir-se em paz, é que vai determinar seus benefícios. Aumentar a capacidade de concentração, diminuir o estresse e equilibrar o complexo mente/corpo, aumentar a auto-estima são alguns deles. Outras vantagens que valem ser destacadas são a melhora do sistema imunológico, e da memória, além do fortalecimento das conexões entre os neurônios. A meditação diária possibilita o treinamento da mente para conseguir novos objetivos e trazer consciência do poder pessoal .
Os cientistas acreditam que o corpo produz mais óxido nítrico quando está profundamente relaxado, e essa molécula atua como um antídoto contra o cortisol, o hormônio do estresse. Dos relaxamentos mais pesquisados nos últimos anos, a meditação tem gerado uma grande atenção. A prática aumenta a produção de endorfinas (hormônio que reduz o estresse) e previne a perda natural de neurônios. Segundo a Unidade de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a meditação reduz também a ansiedade, ajuda no combate à depressão e melhora os níveis de atenção.
Hoje eu recomendo aos meus clientes que comecem pelo menos com apenas 5 minutos pela manhã e mais 5 minutos antes de dormir. Estes 10 minutos começam a fazer diferença, incentivando-os a continuar e até aumentar naturalmente o tempo dedicado a esta prática.
Eu agora volto a perguntar: você tem 10 minutos para dedicar somente a você todos os dias?Confira um passo-a-passo simples:
  • 1 Reserve um tempo e um lugar calmo. Certifique-se que não será incomodado ou interrompido.
  • 2 Sente-se com a coluna ereta, para a melhor circulação de energia, e também para não dormir. Este é um exercício que traz sua consciência para o agora.
  • 3 Feche os olhos respire profundamente 3 vezes, relaxe seu corpo e acomode-o confortavelmente sentado. Mantenha a atenção na sua respiração, no ar novo que entra (e como entra) e no ar velho que sai (e como sai). Reflita sobre as sensações trazidas e mantenha todo o tempo sua mente ocupada com esta tarefa.
  • 4 Logo nas primeiras experiências você deve encontrar dificuldade em domar o mental, que não costuma parar de interferir logo de inicio. Comigo também é assim, não desista! Afinal quem manda aí dentro, você ou sua mente desordenada?
  • 5 Faça isso sempre quando acordar e quando for dormir e finalize com uma boa afirmação para começar o dia:"Eu acredito que o decorrer de meu dia será suave e repleto de boas concretizações". E para a noite, sugiro: "Agradeço tudo que aprendi hoje e me entrego a um sono profundo, restaurador que me prepara para as atividades do próximo dia."
Até hoje minhas meditações ainda têm este perfil e garanto que fazem muita diferença no meu dia-a-dia.
Se ame acima de tudo, não se esqueça de você, pois a vida é sua. Coloque atenção no agora e divirta-se.
Fonte : Regina Resteli-http://www.personare.com.br/revista/

Passo a passo
Com concentração no momento presente e respiração consciente é possível meditar até quando caminhamos
Em que você pensa durante o trajeto que faz até seu carro e do carro para o trabalho? Quando anda até a padaria? No momento em que caminha até o clube? Normalmente a cabeça já está lá em nosso destino, pensando no relatório que está atrasado, na comida que se vai saborear, nos amigos que vamos encontrar. Ou então em algo que já aconteceu e que ficou martelando na cuca enquanto andamos. Andar nem é a melhor expressão para usar aqui, já que quase sempre estamos correndo, marchando para dar conta das atividades do dia.
Se você está cansado de andar assim apressado, saiba que a solução para esse dilema moderno não está em fazer tudo mais rápido ou em gerenciar melhor a vida. Isso pode ajudar, claro, mas, pelo menos no caminho entre um compromisso e outro, há um jeito mais simples de evitar a ansiedade: meditar. Meditar andando. "Quando praticamos a meditação andando, chegamos a todo momento. Nosso verdadeiro lar é o momento atual. Nele, nossas queixas e preocupações desaparecem e descobrimos a vida", diz em seu livro Meditação Andando o monge vietnamita Thich Nhat Hanh, grande divulgador da prática (veja sua história na página 33). O que ele quer dizer é que, quando andamos, devemos simplesmente andar e contemplar o momento presente. Claro que, se estivermos num parque ou numa linda praia deserta, a prática fica mais fácil. Eu mesma a experimentei algumas vezes em um calmo retiro de meditação. Mas o grande desafio é levar essa prática para as ruas movimentadas da cidade e aos corredores do trabalho. Conversei com praticantes experientes que explicaram como chegar lá - sem tropeços.
Primeiro passo
No começo, treinar com grupos em lugares calmos ajuda bastante.
A monja budista Coen explica que andar com mais pessoas tem lá suas vantagens. "O ser humano tem tendência a ser preguiçoso e deixar as coisas sempre para o outro dia. Quando estamos em grupo, ele serve como um apoio, um incentivo para a prática." Coen conduz dezenas de pessoas na meditação andando que faz no Parque da Água Branca, em São Paulo, um fim de semana por mês. Mas, se você não tem um grupo de prática nem um parque por perto, pode usar outros espaços, como a sala da sua casa, o quintal ou pátio do prédio onde você mora. "O importante é perceber que nossa vida está no lugar onde estamos e não naquele para onde vamos - ela está onde nossos pés estão."
Foi isso que perceberam os monges budistas há cerca de 2 mil anos nos mosteiros: durante os intervalos das meditações sentadas eles saíam para andar e, assim, aliviar as pernas, que ficavam muito tempo paradas. E viram que, durante a caminhada, também era possível aquietar a mente - que é o objetivo da meditação.
De lá para cá, essa meditação foi incorporada por outras tradições e escolas de yoga, além de ser uma prática constante de grupos budistas, como o do monge vietnamita Thich Nhat Hanh. "Ele conseguiu transportar os grandes ensinamentos espirituais para os hábitos do cotidiano, como a meditação andando, que pode ser praticada em qualquer lugar", diz a atriz Odete Lara, que deixou a carreira para se dedicar ao budismo. Odete conheceu o monge em 1981, em um mosteiro da Califórnia, e traduziu seus primeiros livros no Brasil. "Nós, ocidentais, temos uma certa dificuldade para ficarmos sentados em meditação, parados. Por isso, a caminhada é uma boa opção", diz Odete.
Respiração consciente
Antes de sair batendo perna por aí, saiba que existem alguns conselhos preciosos para a meditação andando dar certo. A postura é importante: mantenha sempre o quadril encaixado e a coluna ereta. Com o corpo relaxado, preste atenção na respiração - ela é um elo entre o corpo e a mente. Durante a caminhada, um exercício simples é, ao inspirar, dizer para si mesmo "inspirando" e, ao expirar, dizer "expirando". Outra técnica é contar os passos dados a cada movimento respiratório. Não tente controlar nem se esforçar. Deixe seus pulmões dizerem o tempo e a quantidade de ar que precisam para um caminhar suave e confortável. E observe quantos passos você dá enquanto seus pulmões se enchem e quantos passos dá enquanto esvaziam. A duração da inspiração não tem que ser a mesma da expiração. Evite conversar, para não dispersar.
Nas minhas primeiras semanas de meditação andando pela cidade, tive vontade de observar crianças brincando, canteiros e construções.
A monja Coen havia dito para eu manter o olhar para a frente e, caso ficasse com vontade de ver alguma coisa, eu deveria parar, contemplar e depois continuar com a caminhada. Mas o que fazer com os pensamentos que pipocavam o tempo inteiro na minha cabeça? "Os pensamentos surgem, você os observa e depois volta para o momento presente", disse Coen. "A impressão que as pessoas têm é que a gente desliga do resto, mas é o oposto: sentimos a presença de tudo, com todos os canais de percepção abertos, mas sem julgar."



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