BUTÃO - UM PARAÍSO BUDISTA NOS HIMALAIAS


Outubro é mês festivo no Butão; comemorações ocorrem em dias diferentes em todo o país
Paro é porta de entrada para o reino do Butão; país asiático cultua tradição, budismo e felicidade


Ignorada pelos roteiros turísticos tradicionais, Paro é a porta de entrada para o Butão, pequeno reino do Himalaia, localizado entre os gigantes China e Índia, na Ásia. Paro não é a capital - a sede administrativa é Thimphu -, mas a única cidade do país que tem aeroporto. A 2.250 metros acima do nível do mar, o vale é também um dos principais pontos de partida para algumas das montanhas mais altas do mundo, como a Gangkhar Puensum (7541 metros acima do nível do mar) e a Jumolhari (7314).
Uma das nações mais pobres do globo, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), o Butão também figura entre as dez mais felizes, segundo pesquisa da University of Leicester, no Reino Unido. O país tem fome zero, analfabetismo zero, índices de violência insignificantes e nenhum mendigo nas ruas. Não há registro de corrupção administrativa e o povo adora o rei, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, o quinto em cem anos de monarquia (1907-2007).
Felicidade é levada a sério no país - único do mundo a ter Gross National Happiness (Felicidade Interna Bruta, na tradução para o português) como política pública. Ao Estado cabe prover as condições necessárias para que a população possa se concentrar na busca da felicidade, por meio dos ensinamentos do budismo.
O conceito de Gross National Happiness tem quatro pilares - preservação das tradições butanesas e do meio-ambiente, crescimento econômico e bom governo. Instituída pelo quarto rei, Jigme Singye Wangchuk, em 1972, a política foi criada para se contrapor à idéia de que PIB (Produto Interno Bruto) - que é baseado em valores materiais - mede a qualidade de vida da população. O salário mínimo no Butão é cerca de US$ 100 mensais.
O pequeno reino de 38,4 mil quilômetros quadrados é menor do que o Estado do Rio de Janeiro. Tem 72,5% de sua área coberta por florestas, 34 rios e uma biodiversidade de dar inveja a muitos países ricos. Também abriga cerca de 2000 templos e monastérios budistas, um deles - Kichu Lakhang -construído em 659 d.C, em Paro.
Em cada distrito - são 20 no total -, tem um "Dzong" - antigos fortes hoje usados como sede administrativa. Assim como os "Chortens" - pequenos templos construídos para abrigar imagens de Buda e relíquias religiosas, os Dzongs são símbolos da identidade e cultura butanesas.
REINO DO HIMALAIA

O budismo foi introduzido no Butão pelo guru Rinpoche no século 8

Templo do National Memorial Choeten, em Thimphu

Ema é largamente cultivada e consumida como legume no Butão
O QUE ACHA DA POLÍTICA DE FELICIDADE DO PAÍS?
COROAÇÃO DO NOVO REI
VEJA FOTOS DO BUTÃO
Estilo butanês

Os butaneses são simples, hospitaleiros e muito gentis. Não apresentam os sinais de estresse, pressa e impaciência tão comuns nas culturas ocidentais. A qualquer pergunta do tipo: "posso fazer isso?", eles respondem invariavelmente o mesmo: "se isso te faz feliz, sim".
No país antitabagista, pés de maconha crescem livremente. Por tradição, os camponeses usam a planta para alimentar porcos. Por causa do turismo e da televisão, butaneses que moram em centros urbanos, como Thimphu e Paro, já conhecem o uso da erva para fins de entretenimento, mas a prática não é comum. Os butaneses confiam no que diz o rei, que baniu o fumo do país em 2005, proibindo a venda de tabaco. Foi a primeira nação do mundo a adotar a medida. De qualquer forma, quem consegue obter cigarros - por intermédio dos turistas ou da venda clandestina - pode fumar. Não tem punição para quem fuma, só para quem vende tabaco. Estabelecimentos que vendem cigarro clandestinamente correm o risco de ter a licença cassada.
A arquitetura é uma das maiores atrações do Butão. Os prédios e casas têm estrutura de madeira e taipa (barro amassado). As estacas são esculpidas e encaixadas umas nas outras sem a ajuda de pregos. O acabamento dos telhados é feito e pintado a mão. Em muitas construções, desenhos de pênis enfeitam as paredes caiadas (pintadas com pó branco, extraídos do arroz), em homenagem ao guru Drukpa Kuenley, deus da fertilidade.
Casas são geralmente construídas sem projeto arquitetônico, mas os butaneses fazem consultas astrológicas antes de erguer suas residências, algumas com cerca de 900 anos. Os dzongs têm formato ligeiramente piramidal - largos na base e mais estreitos no topo.
Algumas pinturas dos prédios são verdadeiras obras de arte, com dragões e desenhos de flores, bolas, portais e rodas da sorte (um dos símbolos do Butão) - todos coloridos. A casa butanesa típica é grande. Tem quatro andares que abrigam animais (térreo), diferentes gerações da família - avós no primeiro, pais e filhos no segundo - e suprimentos de inverno.
Tradição
O pequeno reino do Himalaia é também conhecido como "Land of Thunder Dragon". Por isso, o Butão ostenta um dragão branco em sua bandeira laranja e amarela. O dragão é um símbolo nacional, tanto quanto o a papoula azul e os ciprestes, tão comuns no país. Em vez de futebol, vôlei, tênis ou basquete, o esporte nacional do Butão é o arco e flecha.
Butaneses acreditam que mente, fala e corpo têm de estar em harmonia. Eles cultuam o budismo Mahayana, que tem garantia Constitucional no país. Essa é a herança espiritual que o povo deve passar para as próximas gerações, pregando a paz, a compaixão e a não-violência.
A população tem estatura mediana (entre 1,60 m e 1,75 m) e mantém boa forma física. Além de andar bastante por falta de transporte público, os butaneses se alimentam basicamente de arroz montanhês, batata e pimenta.
A população é adepta à poligamia, e isso vale para homens e mulheres. Alguns butaneses se casam com várias pessoas de uma mesma família. O quarto rei, Jigme Singye Wangchuk, por exemplo, é casado com quatro irmãs.
A sociedade tradicional butanesa é matriarcal. É hábito local o homem se mudar para a casa da mulher, após o casamento. Herança também costuma ser totalmente transferida às filhas, na maioria das regiões do Butão. Essas tradições têm se dissipado em virtude da influência de indianos, nepaleses e outros estrangeiros que se casam e vão morar no país. No Sul, por exemplo, onde há mais hindus, as mulheres se mudam para as casas dos maridos.
O culto às tradições butanesas é uma política de governo e uma questão de sobrevivência. Localizado entre dois países de culturas muito fortes - China e Índia -, o Butão está suscetível a influências. Tem de preservar seus hábitos e costumes para não perder a identidade. Além disso, o país não tem seguridade social e depende dos jovens para manter seus idosos vivendo com dignidade. É tradição no país que os mais novos morem na mesma casa dos pais e sustentem os mais velhos.
O artesanato e o vestuário também têm tradição milenar. Peças de prata e cobre, tecidos criados no tear, bordados feitos a mão, dragões e Budas esculpidos em madeira, pinturas e desenhos de fundo religioso enfeitam todas as casas e estão em todas as lojas de suvenires do país. Butaneses misturam cores fortes e sóbrias, com um resultado sempre vibrante.
Ao ver as roupas de um butanês, tem-se a sensação de viagem no tempo. Os homens usam "gho" - espécie de vestido longo preso na cintura por uma faixa. Dentro do vestido, os homens usam camisa com gola e longos punhos brancos. Os sapatos são sociais - pretos e feitos de couro. Nos dias frios, meias de lã preta esticadas até os joelhos aquecem as pernas dos butaneses. As mulheres vestem "kira" - uma peça de pano longa e colorida, sustentada por presilhas na altura dos seios, num modelo tomara-que-caia. Os ombros são cobertos por blusas de seda de mangas longas e cores vibrantes.
Turismo cultural
Para proteger seu patrimônio cultural e ecológico, o governo faz campanhas nas escolas rurais, treina guias turísticos e controla o turismo com mão de ferro. Oficialmente, o país abriu as portas aos estrangeiros em 1974, depois de séculos de isolamento e de muitas discussões sobre impacto sociocultural promovidas pelo rei e seus oficiais.
Turistas estrangeiros só entram no país depois de pagar uma taxa diária que varia de US$ 200 (julho e agosto) a US$ 250 (demais meses). A taxa contempla serviços de guia, hospedagem em hotel categoria turística, alimentação (pensão completa) e transporte dentro do país. A idéia não é frear o número de visitantes, mas desenvolver um turismo qualitativo e evitar que o número de estrangeiros seja maior do que o país pode abrigar em seus cerca de 1.900 quartos de hotel.
Aproximadamente 29 mil estrangeiros visitam o Butão anualmente, e cerca de 70% manifestam desejo de voltar em menos de cinco anos, segundo pesquisa realizada pelo Departamento de Turismo do governo.
Apesar de ter 72,5% de sua área coberta por florestas, apenas 4,3% dos visitantes vão ao país para fazer trilhas até as montanhas do Himalaia. A maioria (95,7%) é atraída pela riqueza cultural, religiosa e tradições do Butão. O país cultua o guru Rinpoche, também conhecido como Segundo Buda.
O Butão tem menos de 700 mil habitantes - uma população semelhante à da cidade de Santo André, na Grande São Paulo. Quase 90% de seus residentes vivem da cultura de subsistência e enfrentam problemas de infra-estrutura, como transporte precário e falta de saneamento básico. O turista deve estar preparado para longas jornadas sem banheiros ou para botar o pé na lama, quando o dia está chuvoso.
A melhor época para visitar o país é de outubro a maio, por causa dos festivais de máscaras e dança (outubro) e das comemorações pelo Dia Nacional (17 de dezembro). Quem tem o propósito de fazer "trekking" pelo Himalaia deve evitar os meses de novembro a fevereiro, quando muitas trilhas são bloqueadas pela neve.
Agosto e setembro são tradicionalmente chuvosos e também pouco recomendados para "trekking". Nesta época, a visibilidade cai e muitos vôos são cancelados. A temperatura média anual no Butão varia de 10 a 30 graus centígrados, mas a variedade de microclimas é grande. Thimphu e Punakha, por exemplo, são mais quentes que Paro e Bumthang, que têm mínimas que beiram os cinco graus negativos em janeiro.
História
Não há registro histórico no Butão antes do século 7. Acredita-se que o país era inabitado até o ano 2000 a.C. No século 7, o rei do Tibete Songtsen Gambo, construiu os dois primeiros monastérios do país - o Kyichu Lhakhang, em Paro, e o Jambay Lhakhang, na cidade de Bhumtang. Os templos colocaram o Butão no mapa do Budismo.
Até o século 20, o Butão era regido pela filosofia budista, que oferecia diretrizes administrativas, sociais, morais e legais. Somente em 1907, o país coroou o seu primeiro rei, Gongsar Ugyen Wangchuck, dando início a uma monarquia hereditária.
O Butão é hoje é uma monarquia democrática. Por decisão do quarto rei, os butaneses foram às urnas pela primeira vez para escolher seu primeiro-ministro, Jigme Thinley, em março de 2008. Quatro meses depois, o país promulgou sua primeira Constituição.
Atualmente, o rei do Butão se envolve somente com questões de segurança nacional. Cabem ao primeiro-ministro as demais decisões. Mesmo assim, a imagem do rei está presente em quase todas as casas, bares, restaurantes e prédios públicos do país. A família real costuma participar de todas as festividades e comemorações butanesas, atraindo grande interesse da população.
INFORMAÇÕES E SERVIÇO
Site do país - www.bhutan.gov.bt
Site da cidade - www.paro.gov.bt
Site de turismo do país - www.tourism.gov.bt
Site de turismo da cidade - www.tourism.gov.bt/destinations/paro
Embaixada do Brasil - Não há representação consular do Brasil no Butão. As embaixadas mais próximas ficam em Nova Déli, na Índia, e em Bangcoc, na Tailândia.
Embaixada Brasileira em Nova Déli
Aurangzeb Road, 08, New Delhi, 110011 - Índia
Tel: 91 (11) 2301-7301 (geral) e 2301-7301 (plantão)
Site:
http://www.india9.com/i9show/Embassy-of-Brazil-in-India-60843.htm
Embaixada Brasileira em Bangcoc
Lumpini Tower. 34 andar, 1168/101 Rama IV Road - Thungmahamek, Sathorn -
Bangkok 10120 - Tailândia
Tel: 66 (2) 679-8567/8568 e 285-6080 (geral)
www.brazilembassy.or.th
O setor consular em Bangcoc está aberto para o público de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. Em casos de emergência, a embaixada atende nos fins de semana, feriados e dias úteis, pelo celular 66 (81) 906-4238. Quem liga de Bangcoc deve dicar 0+81+906-4238
Idioma - Dzongkha (oficial) e Inglês. Veja como é a grafia em Dzongkha no site www.library.gov.bt/IT/fonts.html.
Fuso horário - Nove horas a mais do que o horário de Brasília. Quando o Brasil entra no horário de verão, a diferença cai para oito horas.
DDI - 975
Códigos de acesso das principais cidades
Thimphu e Punakha - 2
Paro - 8
Bumthang - 3

Telefone local de emergência -
Ambulância - 112 (leva para o Jigme Dorji Wangchuck National Referral Hospital, em Thimphu)
Polícia - 113
Incêndio - 110
Acidente de trânsito - 111

Informações turísticas - Não é fácil achar informação turística gratuita no Butão. Com sorte, o turista pode encontrar mapas no aeroporto, nas recepções dos hotéis e no Tourism Council of Bhutan (órgão oficial de turismo), em Thimphu (tel: 975 (2) 323251). Livrarias de Thimphu e Paro vendem mapas e revistas de turismo escritas em inglês. A revista de bordo da companhia aérea Druk Air tem boas matérias sobre o que visitar e dados básicos sobre o país. Em todo o Butão, há apenas dois balcões de atendimento ao turista - um em Phuntsholing, na fronteira com a Índia, e um no aeroporto de Paro.
Phuntsholing Tourist Information Office
Tel : (975) 525-1393
www.tourism.gov.bt
Paro Airport Tourist Information Office
Tel: (975) 8272956
www.tourism.gov.bt
Moeda - Ngultrum é a moeda oficial do Butão. É possível comprá-la no aeroporto de Paro - único do país -, mas não é preciso muito. Alimentação, hospedagem, transporte e serviço de guia são compulsoriamente pagos pelo turista, por meio de operadora, antes da entrada no país. Deve-se comprar Ngultrum para cobrir despesas com bebidas alcoólicas, cafés, lanches, gorjetas, táxis, jantares extras e suvenires. Não se pode contar com cartões de crédito no Butão.
Cotação e valor de troca - Uma garrafa de água, uma dose de ara (bebida típica, tipo de cachaça feita de arroz), uma xícara de café ou de chá custam 20 Ngultrums - menos de US$ 1. Uma dose de uísque custa cerca de 120 Ngultruns. Uma corrida de táxi de Thimphu (capital) a Paro (54 km de distância) sai por menos de US$ 10. Veja a cotação da moeda no site www4.bcb.gov.br/?TXCONVERSAO.
Câmbio - Operações bancárias e troca de "travelers cheques" podem ser feitas nas agências de um dos três bancos instalados no país - Citibank, BNB (Bhutan National Bank) e Bank of Bhutan. Eles têm horários de funcionamento variados. Na capital, Thimphu, o Citibank abre aos sábados e domingos e fecha às segundas. O BNB funciona de segunda a sábado e o Bank of Bhutan, de segunda a sexta. Pequenas cidades do interior do Butão não têm agências de bancos ou caixas-rápidos.
Gorjetas - Não há gorjeta compulsória no Butão. Turistas costumam dar o equivalente a US$ 2 para carregadores de malas e pelo menos US$ 15 para o guia turístico.
Telefone - Não há cabines de telefone público no Butão. Para fazer uma ligação, pode-se recorrer aos serviços dos hotéis, Internet cafés ou a telefones celulares "tri-band". De Thimphu, deve-se discar 00 55 antes do DDD da cidade e do número de telefone. Para telefonar de uma cidade para outra no Butão, é preciso discar 0 antes do código de área da cidade e do número do local.
EX1: ligando de Thimphu, no Butão, para São Paulo, no Brasil
00 + 55 + 11 + número do telefone
EX2: ligando de Paro para Thimphu, no Butão
0 + 2 + número de telefone

Correios - As agências de Correios funcionam de segunda a sexta, normalmente, das 9h às 17h. Preços e serviços estão disponíveis no site www.bhutanpost.com.bt
Internet - A Internet só chegou ao Butão em 1999, e o primeiro cyber café, no ano seguinte. Por isso, não espere encontrar conexão rápida ou sem fio no país. A maioria dos hotéis de categoria turística tem pelo menos uma sala com computador e conexão com Internet para os hóspedes. A conexão é discada e lenta, mas gratuita. O acesso à Internet também pode ser obtido em pelo menos seis Internet cafés de Thimphu, Bumthang e Paro. A taxa de uso é de menos de US$ 2 por hora.
Endereços de Internet Cafés no Butão
Bits & Bytes - Norzin Lam, Thimphu
JP Internet Cafe - Jojos Building, Chang Lam, Thimphu
Kendorji's Internet Cafe - SNS Building, Chang Lam, Thimphu
Gogo Cafe - Hongkong Market, Thimphu
Narling Cafe - Norling Building, Norzin Lam, Thimphu
Raj - Main street, Bumthang
Main Bazaar - Main Street, Paro

Segurança - Violência e crime são incomuns no Butão. É totalmente seguro andar em qualquer cidade do país, a qualquer hora. Turistas que vão ao país para fazer trilhas nos vales e montanhas devem buscar operadores locais experientes. Algumas pessoas sentem dor de cabeça e ânsia de vômito acima dos 3.000 metros de altitude, e o Butão tem vários picos com mais de seis mil metros acima do nível do mar, especialmente na fronteira com o Tibete. Helicópteros não chegam a muitos locais do Butão. Quem faz trilha deve estar amparado por profissionais que sabem o que fazer quando surgem problemas de saúde ou acidentes.
Voltagem e tomadas - 230 volts. As tomadas são de dois pinos redondos.

TEMPLOS NO BUTÃO




Segundo o Bhutan Tourist Department (Departamento de Turismo do Butão), o país tem cerca de 2000 templos e monastérios budistas tombados pelo governo. Os "chortens" - um dos maiores símbolos da cultura butanesa - são templos pequenos, sem portas ou janelas, construídos para abrigar imagens de Buda e relíquias religiosas. Também chamados de "stupas", eles estão por todo o país, nas ruas, montanhas, vilarejos e centros urbanos.

National Memorial Chorten - Fica em Thimphu, capital do país. O monumento foi erguido em 1974, por ordem da rainha Phuntsho Choden Wangchuck, em homenagem ao seu filho, o terceiro rei, Jigme Dorji Wangchuck (1928-1972). O templo é uma das principais atrações turísticas da cidade e tem arquitetura típica butanesa, com telhados trabalhados a mão e estrutura em madeira, colorida e sem pregos. O Memorial Chorten inclui um monastério, um templo e grandes "prayer weels" - objetos usados pelos butaneses para rezar. Rodar o "prayer weel" para ter boa sorte é tradição no Butão. São tão comuns quanto às "prayer flags" (bandeirolas que trazem significado religioso).


 


Dochula - Conjunto de 108 "chortens" construídos a 3.116 metros acima do nível do mar. O monumento faz alusão aos 108 monastérios do país. Os dois primeiros foram erguidos no século 7, pelo rei tibetano Songtsen Gampo, como cumprimento de obrigação espiritual. Em dias claros, é possível ver o Himalaia. No local, além de uma bela vista para os vales butaneses, os turistas podem conhecer as tradicionais "prayer flags" que enfeitam o país. São confeccionadas em tecidos de seda, nas cores verde (florestas), amarelo (solo), azul (céu), branco (ar) e vermelho (fogo). Elas contêm rezas de proteção e boa sorte.

Taktshang - Monastério mais famoso do Butão. Também conhecido como Tiger's Nest ou monastério das pedras, o templo foi erguido em 1692 sob a liderança do Guru Rinpoche, guia espiritual dos butaneses e introdutor do Budismo no país (século 8). O monastério fica a quase 900 metros acima do vale de Paro, no mesmo lugar onde o Guru Rinpoche teria meditado por sete semanas, segundo as tradições budistas. A trilha até o monastério é uma das mais percorridas por turistas. Em um ritmo médio, é possível escalar a montanha e atingir o monastério das pedras em 2,5 horas.

Chimi Lhakhang - templo em Punakha construído em 1499, pelo lama Drukpa Kuenley, deus da fertilidade, também conhecido como divino homem mau. O guru seguia sua própria filosofia, que incluía bebidas e mulheres. Turistas e butaneses com problemas de fertilidade costumam visitar o templo para receber a benção do lama. Quem engravida deve voltar ao local com o filho e batizá-lo com o nome do deus. A principal representação do lama é um pênis. Sua imagem pode ser vista em todo o Butão, nas fachadas das casas e prédios comerciais. Acredita-se que a imagem protege os moradores da casa do mau e evita brigas na família. O templo fica a meia hora do asfalto, em Punakha. A trilha até o prédio foi aberta em meio a plantações de arroz.

Alguns Monastérios do Butão:

Bokha Dzong
Buli Khelem Gonpa
Chorten Kora
Dolung Gonpa
Drametse Lhakhang
Jampa Lhakhang
Lhakhang Karpo
Taktshang
Talo Sanga Choeling
Tsamdrak Gonpa
Yongla Pelri Gonpa
Gangtey Sanga Choeling
Gomphu Kora
Kurje Lhakhang
Kichu Lhakhang
Phajoding Monastey



Fonte:http://viagem.uol.com.br/guia/

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