O QUE É A XILOGRAVURA ?



Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida usa-se um rolo de borracha embebida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de variações dentro da técnica, como a xilogravura de topo.

História
A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média. No século XVIII duas inovações revolucionaram a xilogravura. A chegada à Europa das gravuras japonesas a cores, que tiveram grande influência sobre as artes do século XIX, e a técnica da gravura de topo criada por Thomas Bewick.
No final do século XVIII Thomas Bewick teve a idéia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção em massa de imagens pictóricas. Mas com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a xilogravura passou a ser considerada uma técnica antiquada. Atualmente ela é mais utilizada nas artes plásticas e no artesanato.


Xilogravuras do século XVI ilustrando a produção da xilogravura. No primeiro: Esboçando a gravura. Segundo: Usando um buril para cavar o bloco de madeira que receberá a tinta
 
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A Grande Onda de Kanagawa ( 神奈川冲浪里Kanagawa oki nami-ura) cópia original por Hokusai
 
Xilogravura no Japão (em japonês: 木版画, moku hanga) é uma técnica mais conhecida por seu uso no gênero artístico Ukiyo-e, no entanto, também foi utilizado amplamente no mesmo período para impressão de livros. A xilogravura foi usado na China há séculos para imprimir livros, muito antes do advento do tipo móvel, mas só surpreendentemente tarde, durante o período Edo (1603-1867), foi amplamente adotada no Japão. Embora seja semelhante em alguns aspestos a técnica de xilogravura no ocidente, Ukiyo-e difere grandemente em que tintas à base de água são utilizadas (em oposição a xilogravura ocidental que utiliza tintas à base de óleo), permitindo uma vasta gama de cores vivas, esmaltes e transparência de cor.

História
Livros impressos oriundos de templos budistas chineses foram vistos em Japão, no século VIII. Em 764 a Imperatriz Koken encomendou um milhão de pequenos pagodes de madeira, cada um contendo um pequeno pergaminho impresso com um texto budista (Hyakumanto Darani). Estes foram distribuídos aos templos em todo o país como ação de graças pela supressão da rebelião Emi de 764.[1] Estes são os primeiros exemplos de xilogravura conhecidos ou documentados do Japão.
Por volta do século XI, templos budistas no Japão estavam produzindo seus próprios livros impressos de sutras, mandalas e outros textos budistas e imagens. Durante séculos, a impressão era restrito apenas à esfera budista, porque era demasiado caro para a produção em massa, e não existia um público receptivo, e alfabetizado para que as obras pudessem ser comercializadas. Não foi até 1590 que o primeiro trabalho secular seria impresso no Japão. Este foi o Setsuyō-Shu , um dicionário chinês-japonês em dois volumes. Embora os jesuítas operassem um móvel tipo de imprensa em Nagasaki a partir de 1590,[2] trazido por Toyotomi Hideyoshi com a volta do exército da Coréia.

Referências

  1. http://www.schoyencollection.com/Pre-Gutenberg.htm#2489
  2. Fernand Braudel, "Civilization & Capitalism, 15-18th Centuries, Vol 1: The Structures of Everyday Life," William Collins & Sons, London 1981
  • Forrer, Matthi, Willem R. van Gulik, Jack Hillier A Sheaf of Japanese Papers, The Hague, Society for Japanese Arts and Crafts, 1979. ISBN 9070265710
  • Kaempfer, H. M. (ed.), Ukiyo-e Studies and Pleasures, A Collection of Essays on the Art of Japanese Prints, The Hague, Society for Japanese Arts and Crafts, 1978. ISBN 9070216019
  • Nussbaum, Louis Frédéric and Käthe Roth. (2005). Japan Encyclopedia. Cambridge: Harvard University Press. 10-ISBN 0-674-01753-6; 13-ISBN 978-0-674-01753-5; OCLC 48943301
  • Friese, Gordon (2007). "Hori-shi. 249 facsimiles of different seals from 96 Japanese engravers." Unna, Nordrhein-Westfalen: Verlag im bücherzentrun.
  • Lane, Richard; (1978). Images from the Floating World, The Japanese Print. Oxford: Oxford University Press. 10-ISBN 0192114476/13-ISBN 9780192114471; OCLC 5246796
  • Sansom, George (1961). "A History of Japan: 1334-1615." Stanford, California: Stanford University Press.

Xilogravura popular brasileira

A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel. Quase todos os xilografos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Xilogravura

Uma forte característica dos folhetos de cordel é sem dúvida suas xilogravuras. Você sabe o que significa xilogravura? A Vida do Nordestino no Sul Maravilha, Marcelo Soares Xilo vem do grego e significa madeira. Xilogravura, é a arte de gravar em madeira. Primeiro o artista esculpe na madeira o que deseja desenhar, depois através das etapas abaixo, ele imprime no papel o desenho feito. Matriz: taco de madeira gravado com instrumentos de corte.
Entintagem: a tinta é colocada na área que não foi encavada através de um rolo.
Impressão: transporte da imagem para o papel através de pressão a mão ou no prelo.
Quanto à matriz, outros materiais podem ser usados como: linóleo, poliuretano, compensados, etc.
Ayrton Senna, Marcelo Soares Outra técnica muito parecida é a lineogravura, mas como diferenciar a xilogravura da linoleogravura?
1. Na xilogravura, nos planos fechados aparecem os veios da madeira, o que não acontece na linoleogravura, que fica chapada. 2. Passando a mão na imagem sente-se o relevo da pressão nas duas técnicas.
Fonte: http://www.sim.art.br/tecmat.htm

Escolhemos algumas páginas bem legais para você conhecer um pouco mais sobre esta arte: www.hiltonqueiroz.art.br/gravura1.htm
Página com história, fotos e explicações sobre a xilogravura. www.elogica.com.br/users/honorio/xilotext.htm
Esta página contém explicações sobre a xilogravura e um pouco de sua história. www.elogica.com.br/users/honorio/xilograv.htm
Galeria virtual da xilogravura. Muito interessante! Contém muitas gravuras e também um pequeno histórico de seus autores.

Ligações externas

Fonte:http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4017745838114193890

Erick Lima - Xilogravuras



A xilogravura é a técnica da gravura em que se utiliza uma matriz em madeira para a obtenção de reproduções da imagem gravada.O suporte, em geral, é o papel.

O primeiro vestígio da xilografia data do séc VIII na china, com a reprodução de imagens budistas e livros xilográficos.A gravura Europeia data do séc.XIV.A mais antiga xilo Europeia que se conhece e a "Bois protat" de 1370.

No Brasil a xilografia chega sistematicamente com a vinda da família real em 1808, que trouxe consigo a imprensa régia, que dispunha de muitas matrizes xilográficas.

A xilo foi utilizada por muito tempo para ilustrações de periódicos como jornais.Um exemplo é o Jornal "O mossoroense".Um dos mais antigos jornais em atividade no Brasil, continha xilogavuras como vinheta e ilustrações,elaboradas pelo seu dono João da Escóssia.

No nordeste brasileiro foi que se desenvolveu uma das mais singulares e representativas formas da xilo no mundo.A xilogravura popular ligada ao folheto de cordel adquiriu uma identidade própria.Geralmente feita pelos cordelistas, gerou grandes nomes com J.Borges,Abraão Batista e Dila.Influenciou grandes nomes das artes visuais como o gravador Gilvam Samico, que bebeu na origem da gravura popular para desenvolver seu traço.

Erick Lima

Natural da cidade de Natal-RN , o artista plástico Erick Lima, especializado na xilogravura, vem desenvolvendo suas atividades junto aos poetas cordelistas da Casa do cordel.

Em seu ateliê o xilógrafo produz gravuras para ilustrações de folhetos,livros,discos,camisetas,cerâmicas decorativas, além de trabalhos sob encomenda, como retratos.

Erick Lima

Encomende a sua xilogravura, ilustre seu folheto, livro, disco...com esta belíssima arte popular.

Erick Lima ministra oficinas para turmas de até 20 alunos em escolas, universidades,empresas, e oficinas individuais.

Contato: Casadocordel@hotmail.com


Algumas xilogravuras de Erick Lima:


Retrato de Câmara Cascudo-Erick Lima
Xilogravura s/t- Erick Lima














Fonte:http://casadocordel.blogspot.com.br/p/xilogravura-erick-lima.html


Veja como são feitas as xilogravuras dos folhetos de cordel - Globo Rural 02/01/2011 (3º Bloco) 

O desenho que enfeita a maioria das capas dos cordéis. Ao longo dos anos, muitos poetas se tornaram xilogravuristas.



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