O PODER CURATIVO DAS IDÉIAS UNIVERSAIS

 
 
 
Um Cosmo Em Cada Feto Humano
Fragmento de Carta de um Mahatma
 
 
Reproduzimos a seguir uma pergunta e o
começo da resposta de um Mestre de Sabedoria,
sobre a relação entre o microcosmo e o macrocosmo
em filosofia esotérica. Trata-se de fragmento de uma carta
escrita por um Mahatma a Alfred P. Sinnett em Julho de 1882.
(“Cartas dos Mahatmas”, Ed. Teosófica, Vol. I, p. 284)
 
 
A pergunta feita por A. P. Sinnett:
 
Cada forma mineral, vegetal, planta, animal, contém sempre dentro de si aquela entidade que inclui a potencialidade de desenvolvimento até chegar a ser um espírito planetário? (...)
 
A resposta, de um Mahatma:
 
Invariavelmente; só que é melhor chamá-lo de germe de uma futura entidade, e é o que tem sido durante eras. Pense no feto humano. Desde o momento da sua primeira instalação até completar o seu sétimo mês de gestação, ele repete em miniatura os ciclos mineral, vegetal e animal pelos quais passou em seus invólucros anteriores, e só durante os dois últimos meses desenvolve a sua futura entidade humana. Esta só fica completa durante o sétimo ano da criança. No entanto, ela existiu sem nenhum acréscimo oudecréscimo durante eternidades e mais eternidades, antes de percorrer seu caminho,  através e no útero da mãe natureza, como faz agora no corpo de sua mãe terrena. Tem razão um sábio filósofo, que confia mais em sua intuição que nos ditados da ciência moderna, ao dizer:
 
“Os estágios da existência intra-uterina do homem são um registro condensado de algumas das páginas que faltam na história da Terra”.
 
Assim, você deve olhar para trás e ver as entidades animais, minerais e vegetais. Você deve encarar cada entidade em seu ponto inicial na trajetória manvantárica como o átomo cósmico primordial já diferenciado pela primeira vibração da respiração vital do manvântara. [1]
 
NOTA:
 
[1] Parece haver nesta frase uma referência ao que a astrofísica moderna chama de “Big-Bang”. (Nota da edição brasileira de “Cartas dos Mahatmas”)

 
O Poder Curativo das Ideias Universais
 
  
 
Não existe coisa alguma separando um indivíduo qualquer do todo da nossa galáxia (foto), ou do cosmo que se espalha ao seu redor.

Nada poderia ser mais prático, para a cura das dores humanas de cada dia, do que a prática regular da contemplação dos princípios universais e da verdade abstrata.

O sofrimento emerge da busca de satisfação pessoal. A bênção e a felicidade, por outro lado, ocorrem quando olhamos para a vida em nosso planeta e nossa galáxia percebendo nela um todo vivo e dinâmico.

As ideias universais curam o indivíduo da mediocridade e da miopia que significa estar centrado em seus próprios interesses pessoais de curto prazo. O estudo do universo e suas leis amplia o seu horizonte e traz a ele a bênção silenciosa da sua própria Mônada - sua alma imortal -, cuja substância é parte da essência das galáxias. (CCA)

A Vitória e a Justiça


“A inteligência é imparcial. Ninguém é teu inimigo: ninguém é teu amigo. Todos são igualmente teus instrutores.”   (“Light on the Path”, M.C., Theosophy Co., Los Angeles, p. 24)


 
Paracelso e o Livro da Natureza 


Paracelso (1490 - 1541)
 
 
Diferentes peregrinos podem dedicar suas vidas a vários aspectos da mesma missão, e é possível aprender algo da experiência acumulada dos seus esforços ao longo do tempo.

Por exemplo, a vida, a personalidade e o estilo pessoal de Paracelso (1490-1541) tinham diversos pontos em comum com os de Alessandro Cagliostro (1743?-1795?), e com os de Helena P. Blavatsky (1831-1891). Vale a pena fazer um estudo comparado das três vidas.

Tanto Paracelso (veja a imagem) como Cagliostro visitaram a Rússia, e HPB nasceu lá. Os três enfrentaram obstáculos semelhantes, adotando diante deles com frequência atitudes similares, e viajaram muito.

Paracelso explicou:

“O conhecimento que podemos obter não está confinado aos limites do nosso próprio país, e não corre atrás de nós, mas espera até que procuremos por ele. Ninguém se torna em sua própria casa um professor com experiência prática, e ninguém encontra um mestre dos segredos da Natureza em seu quarto. Devemos procurar pelo conhecimento onde pensamos que ele possa estar; e por que o homem que busca o saber haveria de ser desprezado?”

E ele acrescentou:

“Aqueles que permanecem em casa podem viver com mais conforto e podem ficar mais ricos que aqueles que vivem a viajar; mas eu não desejo viver confortavelmente, nem desejo ficar rico. A felicidade é melhor que as riquezas materiais, e feliz é aquele que viaja livre, sem possuir qualquer coisa que exija os seus cuidados. Quem quiser estudar o livro da Natureza deve caminhar com os pés sobre as folhas das árvores. Os livros são estudados olhando para as letras que eles contêm; a Natureza é estudada pelo exame dos seus tesouros em todos os países. Cada parte do mundo representa uma página no livro da Natureza, e todas as páginas, juntas, formam o livro que contém suas grandes revelações.” [1]

Os mais sábios entre os seres humanos são aprendizes conscientes da arte de viver.

(CCA)

NOTA:

[1] Paracelso, citado no livro “The PARACELSUS of Robert Browning”, de Christina Pollock Denison, The Baker and Taylor Company, New York, 1911, 239 pp., ver pp. 30-31.

Fonte:http://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/boletim-o-teosofista-outubro-2013

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