A MAGIA VISTA SEMPRE COMO UMA CIÊNCIA DIVINA - HELENA P.BLAVATSKY



A MAGIA VISTA SEMPRE COMO UMA CIÊNCIA DIVINA.
(L.1.pág.113)
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Maimônides, o grande teólogo e historiador judeu que, numa certa época, foi quase deificado por seus concidadãos e, mais tarde, tratado como herético assinala que quanto mais o
Talmud parece absurdo e vazio de sentido, mais sublime é o seu significado secreto. Este homem sábio demonstrou vitoriosamente que a Magia Caldaica, a ciência de Moisés e de outros sábios taumaturgos, baseava-se totalmente num extenso conhecimento dos diversos e hoje esquecidos ramos da ciência natural.

Perfeitamente a par dos recursos dos reinos vegetal, animal e mineral, versados na Química e na Física ocultas, psicólogos e fisiólogos, por que ficarmos espantados se os iniciados e os adeptos instruídos nos santuários misteriosos dos templos podiam operar maravilhas que, mesmo em nossos dias esclarecidos, parecem sobrenaturais? É um insulto à natureza humana difamar a Magia e as ciências ocultas tratando-as como imposturas.

Acreditar que durante tantos milhares de anos uma metade do gênero humano praticou o embuste e a fraude com a outra metade equivalente a dizer que a raça humana é composta quase exclusivamente de malfeitores e de idiotas incuráveis. Nos mais antigos documentos que hoje possuímos - os Vedas e as Leis de Manu, mais antigas ainda-, encontramos muitos ritos mágicos praticados e permitidos pelos brâmanes.

O Tibete, o Japão e Chinaensinam até hoje o que ensinavam os antigos caldeus. O clero desses respectivos países prova, além disso, o que eles ensinam, ou seja: que a prática da pureza moral e física, e de algumas austeridade, desenvolve o poder total da alma para a auto-iluminação. Concedendo ao homem o controle sobre o seu próprio espíritomortal, tais práticas lhe dão verdadeiro poder sobre os espíritos elementares que lhe são inferiores. NoOcidente, descobriremos que a Magia remonta a uma época tão recuada como a do Oriente. Os druidas da Grã-Bretanha a praticavam nas criptas silenciosas de suas grutas profundas; e Plínio consagrava mais de umcapítulo à "sabedoria" dos líderes celtas. Os semoteus - os druidas gálicos - professavam tanto as ciências espirituais como as ciências físicas.

 Eles ensinavam os segredos do universos, a marcha harmoniosa dos corpos celestes, a formação da Terra e, sobretudo, a imortalidade da alma. Em seus bosques sagrados -academias naturais construídas pela mão do Arquiteto Invisível - os iniciados se reuniam, na hora tranqüilada meia-noite, para aprender o que o homem foi e o que será. Não precisavam de iluminação artificial, nem de gás malsão, para alumiar os seus templos, pois a casta deusa da noite projetava os raios mais prateados sobre as suas cabeças coroadas de folhas de carvalho; e os bardos sagrados vestidos de branco sabiam como conversar com a rainha solitária da voluta estrelada.

A Magia é tão antiga quanto a Humanidade.
É tão impossível indicar a época de seus início como fixar o dia em que o primeiro homem nasceu.Consideraram alguns que Odin, o sacerdote e monarca escandinavo, teria dado início à pratica da Magia por volta de setenta anos antes da era cristã. Mas demonstrou-se facilmente que os ritos misteriosos das sacerdotisa chamadas voilers, valas, eram muito anteriores a essa época. Alguns autores modernos procuraram provar que Zoroastro foi o fundador da Magia, porquanto foi ele o fundador da religião dos magos. Amiano Marcelino, Arnóbio, Plínio e outros historiadores antigos demonstraram conclusivamente que ele foi apenas um reformador da arte mágica tal como era praticada pelos caldeus e pelos egípcios

Helena P. Blavatsky. Ísis Sem Véu, vol I.

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