AS REDES SOCIAIS E O BOM SENSO : CUIDADOS NA INTERNET




As redes sociais e o bom senso        

Psiu você está sendo Monitorado!


Em geral formamos conceitos usando nossa experiência, observação e bom senso. Por exemplo, se me perguntarem em média quantos livros (livros mesmo, destes sem figuras e impressos) os jovens brasileiros menores de 21 anos leem por ano, eu não hesitaria em responder que a faixa se situa entre zero e dois. E muito provavelmente acertaria. E isso sem consultar qualquer estatística, apenas baseado nas informações que adquiri por observação do comportamento dos jovens, inclusive meus alunos universitários, a elite intelectual do país.

Portanto, a observação e o bom senso são poderosas ferramentas conceituais. Porém, vejamos. Baseado na sua observação e bom senso e dividindo-se os usuários das redes sociais como Twitter, Facebook e Google+ nas faixas etárias de 15-24 anos, 25-34 anos, 35-44 anos, 45-54 anos e 55-64 anos, pergunto: qual destas faixas apresentou maior crescimento do número de usuários este ano? Talvez você tenha acertado, mas aposto que a maioria dos leitores errou.

Pois a que mais cresceu foi a faixa dos “coroas” de 45 a 54 anos, cujo número de membros no Facebook cresceu 46%, no Google+ 56% e no Twitter assombrosos 79%.Quer dizer: se você tomou qualquer decisão que afeta seus negócios partindo da conclusão baseada em sua observação e bom senso que as redes sociais são “coisa de adolescentes”, convém repensar sua estratégia, pois do contrário pode chegar a resultados desastrosos.

Este dado foi obtido do artigo de Belle Beth Cooper publicado no sítio FastCompany, em http://www.fastcompany.com/3021749/work-smart/10-surprising-social-media-statistics-that-will-make-you-rethink-your-social-stra. Além dele, há outros que valem a pena comentar. Citei acima as três redes sociais mais populares. Há outras, inclusive uma dedicada a contatos de natureza comercial e profissional, a LinkedIn. Se você consultar artigos que têm por tema “redes sociais”, notará que alguns nem mesmo a mencionam e os que o fazem não dão muita bola para ela. O que, aplicando a observação e bom senso, lhe fará concluir que o número de seus usuários deve estar estagnado ou decrescendo.

Pois bem, em seu artigo Cooper afirma que a cada segundo a rede LinkedIn ganha dois usuários. Melhor prestar atenção a ela.Uma das frases que melhor retratam a internet é do prof. Michio Kako, um brilhante cientista da NYU especialista em novas tecnologias. Disse ele, no final do século passado: “Quando os cientistas criaram a internet, imaginaram que ela seria um repositório de cultura e hoje nós sabemos que 10% dela é pura pornografia. Isso é porque hoje a maioria dos internautas é de jovens”. E acrescentou: “Quando for de velhos, 50% da internet será pura pornografia”.

Talvez ele tenha exagerado. Mas não muito. Tanto que se tornou voz corrente o fato de que “a maior atividade na internet se dá em torno de pornografia”. E isto não surpreende mais ninguém. Talvez o que surpreenda seja o fato de que esta afirmação já não é verdadeira. Segundo o artigo citado, atualmente a maior atividade da internet se dá em torno das redes sociais.

Mas, se são assim tão abrangentes, de onde estas redes sociais são mais acessadas? Bem, talvez ainda de computadores de mesa ou “notebooks”. Mas Belle Cooper afirma que o número de usuários que SOMENTE acessa o Facebook via seus telefones espertos passa de dois bilhões. Que estes usuários móveis geram 30% da renda do Facebook em publicidade. E que a renda proveniente deles cresceu 7% apenas este ano, um aumento nada desprezível.

O artigo traz outros fatos surpreendentes. Por exemplo: um quarto dos usuários do Facebook não estão nem aí para questões relativas a privacidade; 93% dos “marqueteiros” usam as médias sociais em seus negócios; o número de adultos na faixa dos 18 a 34 anos que acessam o YouTube é maior do que o número dos que assistem a qualquer rede de TV a cabo. E outros.

Sim, são curiosidades. Mas são curiosidades que podem mudar seu modo de pensar sobre a Internet e as redes sociais. E que contrariam o que nos revela a observação e bom senso. Se você se interessa pelo assunto e se entende com o idioma inglês, vale a pena ler o artigo.

 
B.Piropo
 
Publicação: 28/11/2013 00:12 Atualização: 28/11/2013 12:21
 
Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2013/11/28/interna_tecnologia,474270/as-redes-sociais-e-o-bom-senso.shtml
 

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