COLONIZAÇÃO DE MARTE À VISTA : MAIS DE 200 MIL PESSOAS SE INSCREVERAM PARA VIAJAR A MARTE SEM RETORNO

Marte colonizado


COLONIZAÇÃO DE MARTE




De todos os os corpos celestes que vagam no espaço, poucos despertam tanta curiosidade e admiração quando o nosso vizinho de Sistema Solar, Marte. Na rota da exploração espacial desde a década de 60, o planeta vermelho já recebeu diversar sondas, satélites e, mais recentemente, até robôs que investigam sua superfície, formação e  geografia, como o Curiosity. Apesar disso, até hoje, nenhuma missão tripulada foi enviada em sua direção.
Mas se depender de iniciativas mais recentes, isso pode mudar em breve. A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou nesta semana que tem como prioridade enviar o homem a Marte até a década de 2030, e que pretende fomentar missões ao planeta vermelho a fim de investir ainda mais em exploração espacial. Mas se depender de outra iniciativa, a história do homem chegar a Marte pode ser bem diferente.
Fundado em junho de 2012, o projeto do empreendedor holandês Bas Lansdorp, chamado Mars One, tem como meta criar a primeira colônia humana em Marte até 2023. A expectativa é que até 2033, 20 colonizadores já estejam habitando permanentemente o planeta.
A história pode até parecer ficção científica, mas já recebeu patrocínio de diversas empresas europeias e norte-americanas das áreas de engenharia, tecnologia e outras, além do apoio do vencedor do Prêmio Nobel de Física de 1999, o físico holandês Gerard 't Hooft.

Com o calendário do projeto já definido, as inscrições foram abertas no final de abril para escolher aquelas que podem ser as primeiras pessoas a pisarem no planeta vermelho. Qualquer um que se considerar apto para embarcar na missão pode fazer a inscrição — bastam algumas informações simples como nome, idade e país de origem, além de um vídeo explicando por que poderia ser um dos colonos de Marte. Até o momento, mais de 80 mil pessoas de 120 países já se cadastraram. O período de inscrições deve se encerrar em 21 de agosto.
Diferente de astronautas profissionais, que costumam treinar durante vários anos antes de saírem da Terra, os candidatos ao projeto Mars One só devem cumprir alguns pré-requisitos bem genéricos, como ser fluente em alguma das onze línguas mais faladas do mundo (além do inglês, que será a língua oficial da colônia), ser uma pessoa adaptável, resistente, criativa, habilidosa e capaz de confiar nos outros. Desta forma, já se pode esperar: haverá os mais variados tipos de pessoas por lá.
Estudante de Astrofísica pela Montclair State University, a norte-americana de 20 anos, Catherine Bettenbender, é uma das pessoas que se dizem dispostas a largar a vida terráquea para colonizar o planeta vizinho. "Os sonhos aparentemente impossíveis que eu tive, durante muito tempo, de deixar a Terra e por o pé sobre a superfície de outro mundo, realmente se tornaram possíveis agora", disse em entrevista ao Canaltech, contando que descobriu o projeto através de uma dica de seu namorado e logo se encantou com a ideia.
Catherine conta que sempre se interessou por temas como ficção científica, mas se apaixonou pelo assunto quando descobriu a série Doctor Who, há dois anos, uma das mais aclamadas do gênero. A ideia de estudar astrofísica também veio mais ou menos na mesma época, quando começou a se interessar sobre discussões filosóficas sobre a natureza e o tempo. Por sugestão de seu pai, leu algumas obras de autores como Nigel Calder e Stephen Hawking e logo viu que não tinha mais volta.
Para ela, uma missão tripulada e a colonização de Marte poderiam trazer um pouco mais de esperança e unidade para a humanidade, principalmente porque o esforço do projeto Mars One não está sendo realizado por um só país, mas globalmente. "Em termos de avanços científicos e tecnológicos, isso nos permitirá compreender melhor o Sistema Solar e até mesmo a formação de nosso próprio planeta e, possivelmente, a formação inicial da vida", explica a estudante. "[Os] experimentos que realizamos lá em Marte podem ser aplicados em centenas de novas tecnologias, ainda não previstas para as pessoas na Terra", completa.
Mas nem todos os candidatos envolvidos no projeto têm algum envolvimento profissional com ciência, tecnologia ou mesmo com o espaço. Na maioria dos casos, o que costuma unir os perfis diferentes de pessoas ao redor da causa é a paixão pela exploração espacial.
É o caso do gerente comercial de uma fábrica de recipientes plásticos Francisco Jáuregui, 32 anos, argentino que mora atualmente no México. Francisco conta que ouviu falar sobre o Mars One há cerca de um ano enquanto buscava notícias sobre astronomia na Internet e logo viu a possiblidade de realizar um sonho da juventude. "Eu acho que 99% dos candidatos não têm nada a ver com o espaço ou carreiras de astronomia", explica. "Com esse projeto, pessoas comuns, que não são astronautas ou que não têm uma graduação em engenharia, têm a possibilidade de participar desse tipo de missão".
Para ele, chegar em Marte significa uma nova chance para a humanidade de recomeçar e não cometer os mesmos erros que fizemos na Terra, como a destruição do meio-ambiente. Além disso, Francisco acredita que Marte  representa uma oportunidade de continuarmos avançando tecnologicamente e de descobrirmos mais sobre o universo ao nosso redor e, é claro, sobre o planeta em si.
Mas uma viagem dessas não acontece sem riscos. O primeiro deles, e talvez o que mais pesa para os candidatos, é que uma vez lá, não há volta para a Terra. Como parte da ideia de tornar o projeto viável, inclusive economicamente, a iniciativa do Mars One deixa bem claro para os candidatos que a viagem tem apenas um bilhete de ida e que não trará os colonizadores de volta para a Terra. "Marte se torna sua nova casa, onde eles vão viver e trabalhar, provavelmente pelo resto de suas vidas", diz a descrição da missão no site.
Nem isso parece desistimular os candidatos. "Sempre há os riscos. É uma longa viagem e qualquer coisa pode dar errado no caminho ou durante o lançamento, mas eu acho que vale a pena o risco", afirma Francisco, que alega que o projeto não é "para qualquer um" e que quem faz a inscrição certamente está disposto a se colocar nesse tipo de situação. Catherine também não mostra sinais de preocupação: "se nós nos preocupássemos com o que poderia acontecer com a gente, ninguém jamais iria dar esse grande passo para o desconhecido e descobrir novas coisas belas e maravilhosas", revela.
Com o fim do período de inscrições, o próximo passo é a seleção e o começo do treinamento dos 40 primeiros colonizadores marcianos. Ainda neste ano, o projeto Mars One deve construir uma réplica da colônia que será a nova casa dos exploradores em algum lugar "gelado e desolado" do nosso planeta. Em janeiro de 2016, está previsto o lançamento de uma carga com 2,5 mil quilos de suprimentos e material de construção para Marte, que será a base do acampamento.
E você? Acha que é possível pisarmos no planeta vermelho já nos próximos 10 anos?


Fonte: http://canaltech.com.br/noticia/ciencia/Organizacao-quer-comecar-colonizacao-de-Marte-ate-2023-Conheca-os-candidatos/#ixzz2oHwIdX1Y



Mais de 200 mil pessoas se inscreveram para viajar a Marte sem retorno


Maioria dos interessados são dos Estados Unidos, Índia, China e Brasil; outras três fases de seleção estão previstas até 2015, segundo a Mars One.


Mais de 200 mil pessoas de 140 países pediram para fazer parte do grupo de eventuais primeiros colonizadores de Marte em uma viagem sem retorno, informou nesta segunda-feira a companhia Mars One, envolvida no projeto.


No total, 202.586 pessoas se registraram para integrar a primeira leva de colonos, informou em um comunicado a empresa sem fins lucrativos holandesa, que em abril de 2013 lançou uma convocação de candidaturas para uma viagem de sete meses de duração e sem retorno a Marte, prevista para 2023.

 

O maior grupo de interessados provém de Estados Unidos (24%), Índia (10%), China (6%) e Brasil (5%), mas também se inscreveram candidatos de Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México e Peru, bem como de Alemanha, Austrália, Canadá, Filipinas, França, Itália, Polônia, Reino Unido, Rússia, Turquia e Ucrânia.


Três fases de seleção estão previstas nos próximos dois anos, acrescentou a Mars One.


"Até 2015, entre seis e dez equipes de quatro pessoas receberão treinamento completo" antes de que "algumas dessas equipes se tornem em 2023 os primeiros humanos a pousar em Marte para lá viverem pelo resto de suas vidas", acrescentou.​
Veja os critérios para participar de reality show em Marte

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Este projeto, que tem custo de US$ 6 bilhões, segundo a Mars One, encontra alguns céticos, mas recebeu o apoio do ganhador holandês do Prêmio Nobel de Física em 1999, Gerard't Hooft. Até agora só houve missões com robôs a Marte, todas realizadas com sucesso pela Nasa. No entanto, a agência espacial americana informou em maio que os Estados Unidos estão decididos a enviar astronautas a Marte dentro de duas décadas.


Mas o projeto Mars One enfrenta vários obstáculos. Os participantes não apenas não poderão retornar à Terra, como também terão que viver em pequenos habitats, encontrar água, produzir oxigênio e cultivar os próprios alimentos.


Além disso, Marte é um grande deserto, a atmosfera é composta principalmente de dióxido de carbono e a temperatura média é de -63 ºC. Os astronautas também se submeterão à radiação cósmica perigosa durante sua viagem. Por último, ainda não existe um foguete e uma cápsula que transporte esses voluntários, admitiu a Mars One.





 

 

Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/mais-de-200-mil-pessoas-se-inscreveram-para-viajar-a-marte-sem-retorno

marte
A fundação Mars One anunciou na terça-feira (10) que assinou acordos com as empresas Lockheed Martin e Surrey Satellite Technology para o envio a Marte, em 2018, de robôs que prepararão a colonização de humanos que viajarão sem retorno.
A fundação holandesa, privada e sem fins lucrativos, já recebeu mais de 200 mil solicitações de voluntários dispostos a viajar para Marte, e a seleção dos finalistas será feita após quatro rodadas de exame.
As órbitas elípticas da Terra e de Marte chegam a seu perigeu a cada dois anos quando a distância entre os dois planetas é de 55 milhões de quilômetros, e as agências espaciais aproveitam esse alinhamento orbital para o lançamento das naves de exploração do planeta vermelho.
Dependendo da velocidade do lançamento, a escalação de ambos planetas e quanto combustível se use para a travessia, uma viagem da Terra a Marte pode levar entre 150 e 300 dias.
O problema logístico de uma missão tripulada a Marte consiste na carga de combustível e as provisões suficientes para a viagem de ida, a estadia no quarto planeta do sistema solar, e a decolagem e a travessia de retorno.
Bas Lansdorp, cofundador e principal executivo da Mars One, disse em comunicado que sua organização está muito entusiasmada com a assinatura dos acordos para a primeira missão a Marte.
"Esta será a primeira nave espacial privada que irá a Marte e sua chegada e operação bem-sucedidas serão uma conquista histórica", declarou Lansdorp em comunicado.
O plano da Mars One é o envio a Marte da missão não tripulada que levará abastecimentos e a partir de 2022, de grupos de quatro pessoas a cada dois anos.
A Lockheed Martin desenhou, construiu e operou o robô Phoenix Mars que a Nasa enviou a Marte em 2007 em uma missão de busca de água gelada sob o ártico marciano.
"Este é um projeto ambicioso e já trabalhávamos no estudo do conceito da missão, a partir do projeto testado do Phoenix", afirmou em comunicado Ed Sedivy, engenheiro chefe espacial da Lockheed Martin.
Por sua parte, a SSTL construirá o satélite da missão que se manterá em órbita sincrônica de Marte e proporcionará o link de banda larga alta para transmitir os dados e as imagens de vídeo do robô à Terra.
Arno Wielders, outro cofundador da Mars One, sustentou que com a missão de 2018 "se dá um passo adiante na colonização de Marte".
"As imagens de vídeo aproximarão Marte das pessoas na Terra, e com os concursos de educação planificados para nosso robô interessaremos toda uma nova geração na exploração de Marte", acrescentou.
O projeto de um empresário holandês para colonizar Marte ganhou um apoio de peso nesta terça-feira, com a entrada da gigante aeroespacial americana Lockheed Martin na iniciativa, embora o tempo para levar humanos ao planeta vermelho tenha sido atrasado em dois anos.
O diretor executivo da Mars One, Bas Lansdorp, afirmou que a Lockheed Martin produziria ao custo de US$ 250.000 um "estudo do conceito da missão" para uma sonda marciana não tripulada que precederia a missão tripulada, estimada em US$ 6 bilhões.
Enquanto isso, a empresa britânica Surrey Satellite Technology realizará um estudo similar, ao custo de € 60.000 euros (US$ 80.000), para desenvolver um satélite que permaneceria em órbita sobre a sonda e enviaria dados e imagens para a Terra.
Os planos são de que a sonda chegue a Marte em 2018. Mas no que diz respeito ao objetivo final de levar seres humanos a Marte, Lansdorp disse a jornalistas em Washington que "os primeiros humanos pousarão em 2025", dois anos depois do anunciado no início do ano.
Os primeiros terráqueos-marcianos se unirão a cada dois anos a grupos adicionais de quatro ou mais novos astronautas, todos com viagem só de ida para a próxima fronteira espacial, afirmou.
Cerca de 200 mil pessoas já se candidataram para ir a Marte, disse Lansdorp, e no final deste ano elas saberão se passaram na primeira fase do processo seletivo.
A Lockheed Martin, que registrou um lucro de US$ 2,65 bilhões no ano fiscal de 2011, a maioria devido a contratos com o setor da Defesa, construiu a nave-robô Phoenix, da Nasa, que pousou em 2008 em Marte para buscar vestígios de água.
Além de fazer experimentos, incluindo a busca por formas possíveis de produzir água na superfície marciana, a sonda levará cartas de jovens da Terra para saudar os primeiros colonos de Marte, disse Lansdorp.
Ele estimou em US$ 6 bilhões o custo de levar os primeiros humanos a Marte, onde espera lançar o primeiro 'reality show' interplanetário da História, contando em que grande parte do financiamento venha de "patrocinadores e parceiros", como universidades com experimentos que esperam ser transportadas na missão.
O projeto enfrenta muito ceticismo, mas entre seus apoiadores está o Nobel holandês Gerard 't Hooft, ganhador do prêmio de Física em 1999, que aparece em um vídeo promovendo a Mars One no site de financiamento coletivo Indiegogo.
Até agora, as agências espaciais ao redor do mundo só conseguiram enviar sondas robóticas a Marte, sendo a última a Curiosity, da Nasa, estimada em US$ 2,5 bilhões, e que pousou no planeta vermelho em agosto de 2012. Se for bem sucedida, a Mars One será a primeira iniciativa, tripulada ou não tripulada, a explorar outro planeta.



Missão Marte: a nova corrida espacial e a colonização do planeta vermelho

Crise econômica e privatização da Nasa podem atrasar por décadas o primeiro passo para a exploração da última fronteira



Reprodução/WikiCommons/Nasa
Imagem sobre uma hipotética colonização terrestre em Marte, com o foco na exploração mineral

O recrudescimento da crise econômica global tem deixado em segundo plano os resultados das mais recentes missões espaciais em andamento no sistema solar.  A importância e o impacto destas missões tocam, no entanto, em questões centrais tanto do ponto de vista da consolidação das potências hegemônicas atuais e futuras, como também sob a ótica das descobertas científicas que podem mudar completamente o nosso entendimento sobre a origem e desenvolvimento da vida em nosso planeta.

Wikimedia Commons/extraído da nave Viking 1 (1980)
A colonização humana em outros planetas já foi um tema levado muito mais a sério algumas décadas atrás, quando as viagens à Lua saíram do campo da ficção científica para uma realidade quase banal. À época, no entanto, a ausência de atrativos econômicos e científicos em nosso satélite reduziu progressivamente as missões lunares até a sua paralisação nos anos noventa.

O anúncio da existência de vida em Marte parece ser uma questão de tempo, e terá um efeito bombástico para uma nova era de missões espaciais, agora apoiada em altíssima tecnologia, o que fará parecer amadores os pioneiros astronautas do século XX.

Os principais centros de pesquisas admitem abertamente esta hipótese, apesar de descartarem enfaticamente a possibilidade de ter se desenvolvido formas de vida inteligente e civilizações no planeta vermelho – uma polêmica alimentada por ufologistas com base nas centenas de imagens disponíveis da superfície de Marte.

Controvérsias à parte, já existe consenso, graças a informações obtidas por radares de satélites que orbitam o nosso vizinho planeta, a respeito da existência de água, ainda que muito provavelmente apenas no subsolo ou congelada em suas calotas polares. Além disso, a presença constatada de metano na atmosfera marciana aponta para a possibilidade de vida orgânica – a principal fonte emissora deste gás na Terra.

Para além do interesse científico e da curiosidade humana em entender, por meio de estudos detalhados da história geológica e natural de Marte, a origem da própria vida na Terra, o que mais poderia justificar uma missão tripulada ao planeta vermelho? Um projeto colonizatório continua oficialmente afastado dos objetivos centrais das principais agências espaciais, a europeia (ESA) e a norte-americana (Nasa).

Contudo, um importante lobby se desenvolveu nos EUA para tentar retomar as missões tripuladas e a “conquista do espaço”. A National Space Society e a Mars Society, por exemplo, são organizações não-governamentais, compostas por cientistas experientes com projetos revolucionários e, em tese, factíveis visando a implementação de colônias em Marte a partir de 2030.O argumento dos lobistas marcianos apela fundamentalmente para duas justificativas para o empreendimento, a primeira, de natureza simbólica: a necessidade de confirmação da supremacia tecnológica norte-americana. A nova corrida espacial é uma realidade, e reflete a tendência de multipolaridade na geopolítica do planeta (Terra, ainda): Rússia, China e Índia têm feito importantes investimentos em seus programas espaciais e planejam enviar artefatos não-tripulados a Marte em breve. Porém, revistas especializadas consideram que EUA e Europa estão pelo menos 50 anos à frente destas novas potências emergentes.

Além do impacto simbólico da conquista pioneira do planeta vermelho existem impactos econômicos consideráveis de missões tripuladas a Marte que podem ser ainda mais convincentes com os congressistas em Washington: de um lado, o estímulo comprovado em legiões de jovens que voltarão a se interessar pelo estudo das ciências, tal como aconteceu nos início da Guerra Fria, resultando, anos depois, na revolução informática liderada pelos EUA; e, de outro lado, a possibilidade de se apoderar de importantes reservas de minérios, como ferro, níquel, chumbo, prata e cobre, presentes no solo marciano, e ter acesso a fontes de água, que tende a tornar-se escassa na Terra.


Wikimedia Commons/Nasa
Imagem das crateras Gusev, em Marte, tirada pelo robô Spirit, da Nasa

Há também evidente interesse científico neste tipo de missão, mas impossível de ser quantificado em termos econômicos, como o fato de se descobrir que não estamos sós no Universo, reforçando uma hipótese, hoje controversa, a respeito do surgimento da vida de maneira concomitante em vários mundos diferentes; ou ainda a possibilidade de que o passado climático marciano, antes semelhante ao da Terra, dê pistas sobre a evolução do aquecimento em nosso planeta.
Sérios obstáculos têm, contudo, adiado o projeto de missões tripuladas em Marte. O primeiro deles, é o programa de privatização da Nasa implementado pela gestão do presidente Obama. A pressão por redução de custos e a terceirização junto ao setor privado de parte dos investimentos no programa espacial frustra a expectativa de se cumprir o objetivo anunciado no início da década de 90 da retomada de missões tripuladas para além da órbita terrestre.


Diante da reestruturação, a NASA passou a priorizar projetos de exploração espacial com robôs, ainda que não menos sofisticados. A última destas máquinas inteligentes controladas à distância pela Terra, o Curiosity, pousou na base do monte Sharp, em Marte, no início de agosto. O frisson causado nas redes sociais, onde o robô tem o seu próprio perfil e divulga periodicamente novas imagens em alta resolução do incrível relevo marciano, supera as expectativas e dá a dimensão da enorme legitimidade dos investimentos em pesquisa espacial junto à população. Se a propaganda é de fato a alma do negócio, podemos considerar, sem exageros, que este está sendo um primeiro passo no gigante salto em direção a uma nova revolução científica da humanidade: a colonização de outros planetas.

Pedro Chadarevian é doutor em Economia pela Universidade de Paris, professor de Economia na Universidade Federal de São Carlos e editor do blog Outra Economia. Escreve quinzenalmente ao Opera Mundi.


Fonte:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/23874/

Comentários

  1. Só mesmo desconhecedores da nova e imprescindível ciência MACRO ALQUIMIA ELEMENTAR CÓSMICA AVANÇADA, também ACHISTAS e não CIENTISTAS, para afirmarem improcedentemente que um dia por si mesmos, poderão colonizar o que chamam indevidamente de MARTE. AULINHA QUE VALE BILHÕES DE DÓLARES, MINISTRADA DE GRAÇA, PARA ESSES ANALFABETOS DAS MÚLTIPLAS CIÊNCIAS AVANÇADAS. 1°, ORDEM DAS 5 UNIDADES ELEMENTARES CÓSMICAS: 1° FOGO, 2° TERRA, 3° ÁGUA, 4° AR, 5° EC. Não por acaso, nós SERES ELEMENTARES que chamam indevidamente de HUMANOS, habitando o 3° ELEMENTO ORBITAL do nosso MACRO MODELO ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR (INDEVIDAMENTE CHAMADO DE SISTEMA SOLAR), 3° ELEMENTO ORBITAL que chamam erradamente de TERRA uma vez que TERRA sempre foi e será apenas uma das 5 UNIDADES ELEMENTARES CÓSMICAS como FOGO, ÁGUA, AR e EC também são, e não PLANETA... Orbitando também a 3° ÓRBITA, e vivendo em 3° DIMENSÃO... Com nossos corpos compostos PREDOMINANTEMENTE pela 3° UNIDADE ELEMENTAR ÁGUA como classificado na ORDEM acima... H²O, 2 ÁTOMOS DE HIDROGÊNIO + 1 DE OXIGÊNIO, 2 + 1 = 3, percebam que tudo é 3... Jamais e apenas por nós mesmos, nem daqui há 2.000 anos se espaço-tempo houvesse, poderíamos viver no 4° ELEMENTO ORBITAL que como os antigos legionários romanos chamam primitivamente e indevidamente de MARTE DEUS DA GUERRA, pois os que por lá vivem, diferentemente de nós, habitando a 4° ÓRBITA e vivendo em 4° DIMENSÃO... Possuem seus corpos compostos PREDOMINANTEMENTE pela 4° UNIDADE ELEMENTAR AR + OXIGÊNIO. Por isso, além de serem imunes a DESCOMUNAL RADIAÇÃO TERMONUCLEAR emitida pelo DEAT = DISTRIBUIDOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR que como os antigos faraós, os primitivos daqui, também chamam indevidamente de DEUS SOL: são imunes a todos os tipos de cânceres e outras doenças... E ao invés de viverem em média, ridículos 70 anos: vivem MILÊNIOS. A prova de que seus corpos são compostos PREDOMINANTEMENTE por AR + OXIGÊNIO e não ÁGUA como os nossos, é nunca foram vistos, fotografados ou filmados: por sondas da NASA. Para aprenderem gratuitamente e de verdade moçada, acessem meu blogger, DESCOBERTAS CIENTÍFICAS AVANÇADAS. Para que o desse subdesenvolvido 3° ELEMENTO ORBITAL (INDEVIDAMENTE CHAMADO DE TERRA), pudesse por si mesmo habitar o 4° ELEMENTO ORBITAL (CHAMADO INDEVIDAMENTE DE MARTE DEUS DA GUERRA): teria que saber TRANSMUTAR seu corpo de ELEMENTO ÁGUA para ELEMENTO AR, e isso: jamais saberá.

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