SOMENTE O TEMPO VAI ME REVELAR QUEM SOU

Estamos sempre em constante mudança…

Somente o tempo vai me revelar quem sou



Estava ouvindo uma linda música do grande Milton Nascimento em parceria com o Dani Black chamada “Maior”, e fiquei um tempo refletindo sobre o quanto nós mudamos ao longo do tempo e muitas vezes fazemos coisas que no passado imaginaríamos impossíveis!
As primeiras frases são as mais impactantes e também são as mais cantadas ao longo da música:
“Eu sou maior do que era antes
Estou melhor do que era ontem
Eu sou filho do mistério e do silêncio
Somente o tempo vai me revelar quem sou…”
Essas frases são muito bonitas e verdadeiras. Todos nós estamos em constante processo de aperfeiçoamento e melhorias!
Uma das principais reflexões que eu tiro dessa música é a de que não podemos prever o futuro e muito menos abrir a boca para dizer “eu sou assim, cresci assim e vou morrer”, como bem conhecemos da tal “Síndrome de Gabriela”.
Quando fazemos isso, constantemente “queimamos a língua”, como se diz no dito popular!
Eu já queimei a minha língua inúmeras vezes ao longo da minha vida e com um pouco mais de maturidade que tenho hoje, sempre procuro ter muito cuidado com palavras generalistas como TUDO, TODOS, SEMPRE, NUNCA, JAMAIS…
Todas essas e suas variantes  são palavras perigosas, porque dificilmente elas tratam das verdades da vida! Sempre haverá exceções (esse é um dos poucos sempres que podemos dizer…).
A mensagem dessa música me fez lembrar de uma das celebres frases do grande filósofo Mario Sergio Cortella: “Ao contrário do que muita gente imagina, a gente não nasce pronto e vai se gastando, a gente nasce não-pronto e vai se fazendo. Eu não nasci em 1954 e vim me gastando até hoje. Eu nasci não-pronto e vim me fazendo. O que nasce pronto é fogão, sapato, geladeira. Esses sim vão envelhecendo…”
Essa é uma frase de uma sabedoria simples e impactante! Hoje eu sou uma versão ampliada e revisada de mim mesmo, palavras essas que o próprio Cortella costuma dizer em suas palestras!
Às vezes eu mesmo me impressiono com as minhas mudanças. Vou citar exemplos que já comentei em textos anteriores e concluir com um bem recente, mas fantástico!
Eu me formei em Bacharelado em Física, um curso que hoje em dia praticamente não tenho mais nenhuma identificação! Atuo como professor, escrevo nas horas vagas e estou iniciando como terapeuta. Caminhos totalmente diferente das pesquisas em Física, mas que pra mim fazem todo sentido…
Eu cresci dentro da religião católica, por conta da tradição da família, mas depois de determinado tempo comecei a questionar quase tudo da religião. Após muitas e muitas leituras e contato com diversas religiões, crenças, dogmas, preceitos etc. Eu me encantei tanto pelas diversas grandes religiões que não conseguia mas me ver em nenhuma! Hoje não sigo nenhuma religião, mas me considero uma pessoa bastante espiritualizada. Foram mudanças radicais que construíram esse Isaias que está aqui hoje contando essas histórias.
Essa 3ª nunca contei em nenhum texto até esse momento! Meu irmão mais velho sempre gostou muito de cachorro e há vários anos queria criar um, mas não o fazia porque minha mãe não deixava! Em meados do ano passado (2016), ele passou em um concurso para professor efetivo de uma universidade no estado do Pará e essa notícia foi uma alegria pra família inteira!
Sua namorada queria lhe dar um cachorro de presente, e ela conversou com a minha mãe e conseguiu sensibilizá-la a acolher esse cachorro!
Ele veio pra nossa casa bem filhotinho, com 1 mês de vida e por aqui ficou até quase completar 1 ano, no caso, Fortaleza, onde moro!
Meu irmão teve que se mudar para Santarém por ser onde passou! Mas ele não conseguiu levar o cachorro devido ao seu tamanho (você sabe bem que dálmata cresce pra caramba…). Ele não cabia em nenhuma caixa de transportes aéreos!
Então pra não abandonar o cachorro ou deixa-lo com alguém que eles não confiassem, ele continuou na minha casa e quem passou a cuidar dele? Exatamente! EU.
Mas tem um detalhe, eu nunca gostei tanto assim de cachorro e antigamente eu vivia afirmando: “Nunca na vida eu vou criar um cachorro…”.
Eu queimei a língua bonitinho mais uma vez!
Essa foi uma experiência incrível. Cuidei desse cachorro chamado “Pingo” por quase dois meses com todo carinho até quando foi pra sua terrinha de carro mesmo!
Sai pra passear com ele todos os dias, de domingo a domingo. Cuidava da comida, limpei seu cocô e xixi talvez algumas centenas de vezes e dei banho com a ajuda da minha mãe!
Posso afirmar que não foi nenhum pouco fácil, pelo fato de não gostar muito de cachorros! Mas foi maravilhoso porque mostra o quanto as coisas mudam e o quanto podemos melhorar a cada dia!
Cuidar do “Pingo” fez de mim uma pessoa melhor e mais tolerante! E essa música do Milton Nascimento vai em cheio nessa historinha! Espero que tenha gostado dela!
Deixo até pra você uma foto dele na mesma semana que chegou na minha casa! É tão fofinho não é, gente?
O querido Pingo
Enfim! Que essa música lhe leve a grandes reflexões, assim como me levou!
Para concluir, deixo o link dessa música para que você a ouça com bastante atenção. Além de um breve áudio que gravei inspirado também nessa música e no que foi tratado nesse texto!
Somente o tempo vai me revelar quem sou…
 Breve áudio inspirado nessa música e nesse texto!
Fonte:http://blog.opovo.com.br/artesanatodamente/somente-o-tempo-vai-me-revelar-quem-sou/

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